Um Super Feliz 2011 pra nós todos!

Daqui a pouco sigo para Rio das Contas – na chapada da Diamantina, chamegar uma querida amiga – Glaucia Soares – que não vejo faz tempo… que em breve será mamãe. Será um réveillon zen quase hippie – como o de exatos 10 anos atrás! rs
Também estaremos juntos de pessoas incríveis que recém conheci, e que já fazem parte da rotina da Glau.

Cidade Desterro, é o filme-despedida dela, saindo de Fortaleza rumo a uma nova empreitada…

Desejo a todos uma virada cheia de amor e alegrias, junto de pessoas muy queridas! Abaixo, minha mensagem de ano novo – que a maior parte dos meus amigos já viu. E como desejar coisas boas nunca é demais. Vale o repeteco!

A única coisa porque vale ainda a pena batermo-nos é a que é quase impossível defender: o simples direito de escolha, o dever sagrado da iniciativa.
Não é o peso da sabedoria humana que nos oprime, mas o dos sistemas. Devemos nos libertar dos sistemas e concentrar todos nossos esforços a estudar-lhes as origens; a estudar a verdade e a beleza de onde os sistemas tiram a sua maligna eficácia.
Não há que procurar uma forma qualquer de salvação. Há que despertar perante o fato de que tudo o que vale a pena nos espera ainda.

(La Démocratie Combattante, do livro Orson Welles, por Maurice Bessy/ 1965)
– em Cinemagia, cinemagik – “Cinema de Invenção”, de Jairo Ferreira

UM SUPER FELIZ 2011 PRA NÓS!
Beijoca estalada!

e trilha sonora pra 2011 e todo sempre…


Juízo Final, de Nelson do Cavaquinho
&

Alegria da Vida, tema de abertura do Vila Sésamo

natal & nostalgias

Dos Natais de outrora, lembro da minha mãe, às vezes tomada por uma nostalgia, uma saudade bem grande dos seus avós e de outras pessoas muy queridas que já haviam morrido. Em meio a toda aquela alegria dos presentes, da comida em demasia e do delicioso e grande encontro de família, aquela nostalgia me parecia fora de sinc.

Muitos Natais depois de descobrir que Papai Noel não existe eu achava um saco toda aquela vibe hohoho. Contentava-me com a comilança e minhas tias-avós velhinhas a nos presentear com fragmentos de memórias – estórias e causos do passado, história da nossa família.

Amava estar pertinho da minha tia-avó Lúcia, a solteirona da família que chamegava todos os sobrinhos e sobrinhos-netos como se fossem suas crias. O manjar feito pela minha tia-avó Elza  e o carinho com que zelava pelo meu pedaço. A malandragem do meu tio-avô Bamba, o boêmio da família – dele veio o meu pé no sereno… Do grande apreço que minha tia-avó Magali nutria por um carteado – jogo buraco desde pequena graças a ela… Do sorriso carinhoso da minha tia-avó Tacília. E por último, a minha tia-avó Doca, que me chamava de Princesa e não deixava nem meus pais brigarem comigo. Amava, mesmo sem saber, a rabugice da minha avó materna…

Fotografia: Michel Téo Sin

Agora que o Jorge, meu primo mais velho tem um filho de cinco anos, e o meu irmão um bebê de oito meses, o Natal voltou a ter um encanto. Herdei aquela nostalgia da minha mãe e morro de saudade das minhas velhinhas…

Há pouco mais de um mês, minha grande amiga Monica Ramalho perdeu sua mãe, após quatro meses de um câncer descoberto, e a Super Sassá, perdeu a sua mãe semanas atrás. Só em escrever as curtíssimas frases acima sobre minhas velhinhas me apertou o peito… Imagino, na verdade não imagino o quanto este natal deve ter sido difícil pra elas – Moniquirous acaba de dizer pelo gtalk: “_ Foda perder a mãe. Uma dor sem precedentes.”

Mesmo eu não sendo mais Cristã, tem um texto bíblico que me conforta sempre que morre alguém querido. E dedico pra elas e todos os amigos saudosos dos seus nesta época do ano e noutras também…

“Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras;
tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;
tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora;
tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz

Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
tenho visto o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens para nele se exercitarem.
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a idéia da eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim.
Sei que não há coisa melhor para eles do que se regozijarem e fazerem o bem enquanto viverem;
e também que todo homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus.
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar; e isso Deus faz para que os homens temam diante dele:
O que é, já existiu; e o que há de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que já se passou.
Vi ainda debaixo do sol que no lugar da retidão estava a impiedade; e que no lugar da justiça estava a impiedade ainda.
Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo propósito e para toda obra. ”
– Eclesiastes 3, 1-17 –